Falando de Dinheiro 107 | Organizações Tabajara não funcionam com as finanças
Tratar das finanças é uma preocupação exclusivamente matemática?
Começo o texto de hoje com essa indagação que eu sei que quem lê a Falando de Dinheiro há mais tempo já sabe a resposta. Não, não é.
Mas trago esse ponto aqui hoje porque foi uma reflexão que fiz mais aprofundada em um podcast que participei nesta semana, que foi o LC + (veja aqui). O episódio deve ir ao ar nos próximos dias e já deixo aqui a recomendação para que você assista. Falamos de planejamento financeiro, finanças pessoais e também de seguros e cuidados que precisamos ter, já que eu estava ao lado de Camilla Raupp, uma grande representante da Prudential.
Mas voltando ao tema da pergunta que comecei o texto: a preocupação com o dinheiro envolve apenas as operações matemáticas? Basta colocar tudo numa calculadora, planilha ou aplicativo e aí ter a vida financeira resolvida?
Bem, não é assim.
Com essas ferramentas você pode até ter uma fotografia do momento, que é válida e importante. Quem é cliente ou já passou pela consultoria comigo sabe que geralmente é a primeira atividade que fazemos. Ter a fotografia é o primeiro passo para saber onde vai, qual caminho seguir, o que virá pela frente. Mas apenas ela não resolve.
Fosse assim, quase não teríamos ninguém com dificuldade para organizar as finanças. Uma calculadora, planilha ou aplicativo e todos os problemas estariam resolvidos. Escrevendo assim parece até um daqueles produtos milagrosos das Organizações Tabajara.
Como sabemos, estes eram produtos que serviam mais para nos animar nas noites de terça há alguns bons anos atrás. Na vida real, não é tão simples assim.
A relação com o dinheiro é muito mais comportamental do que matemática. A matemática é importante, vai sempre estar presente, mas nos mostra os números frios, sem contexto, sem emoção, sem o dia a dia.
São nesses pontos que devemos buscar ajustes, alternativas, proteções. Lembro de ter utilizado durante o podcast o exemplo de uma cliente que sempre que tinha algum problema, seja em casa, no trabalho ou com o filho, parava no shopping antes de voltar para casa no fim do dia. E lá ia um jantar, um sapato, uma roupa…
Era um padrão de comportamento que ela tinha, não percebia, mas que gerava um estrago grande no fim do mês. O que fizemos inicialmente foi tentar identificar se havia algo comportamental influenciando. Quando o padrão ficou claro, tanto para mim quanto para ela, agimos para evitar que continuasse acontecendo.
Esse, na maioria dos casos, é o manejo que precisamos ter em relação ao lado financeiro. A matemática nos mostra a situação, apresenta o que tem dado certo, o que tem dado errado, mas apenas o resultado. Precisamos identificar o que nos leva àquela situação. Qual o caminho até o resultado? Existem padrões que se repetem? Como podemos fazer para que eles não aconteçam mais ou que ao menos diminuam a frequência?
São perguntas não tão fáceis de serem respondidas. Mas que mostram como não é uma simples conta matemática. Não dá para resolver a vida financeira com um Organizator das Organizações Tabajara.
E você, me conta aí nos comentários quais sensações ou hábitos que já observou que têm relação com suas finanças?